A Procuradoria da República no Rio de Janeiro instaurou inquérito civil para apurar eventual irregularidade praticada por Aline Gonçalves Faísca, assessora do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), por supostamente trabalhar em um salão de beleza em vez de atuar para o parlamentar.
A decisão, da procuradora da República Luciana Gadelha, está em portaria publicada na edição desta quarta-feira (16) do Diário do Ministério Público Federal Eletrônico.
O salão seria o estúdio AG Designer, em Petrópolis. Em outubro do ano passado, Aline fez uma postagem em uma rede social falando sobre obstáculos nos cinco anos de um estúdio.
O inquérito civil, que corre em sigilo, busca apurar esse fato. A procuradora pediu que se solicite ao agente de segurança institucional a realização de pesquisa sobre a investigada. A seguir, que a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise faça a pesquisa completa de Aline, com vínculos de emprego, empresas de sua titularidade e outras informações necessárias.
Se for constatado o vínculo formal como assessora de deputado federal, que seja realizada diligência velada no salão de beleza, para verificar a presença de Aline, seu trabalho, dias e horários de trabalho.
Em nota, Jordy afirma que a “assessora Aline Gonçalves Faísca está regularmente nomeada no cargo de Secretária Parlamentar e exerce suas funções no Estado”.
Ele cita ato da Mesa Diretora que prevê a atuação de servidores fora de Brasília “para fortalecer o vínculo do parlamentar com sua base eleitoral, realizando atividades como representação institucional, interlocução com a sociedade e acompanhamento de demandas locais.”
“Importante esclarecer que a assessora se desligou do salão de beleza mencionado, tendo realizado a baixa da empresa, uma vez que a legislação da Câmara dos Deputados veda a acumulação da condição de empresária com a nomeação para cargo comissionado”, diz a nota.
O deputado afirma que seu gabinete não foi formalmente comunicado sobre a instauração do inquérito civil, “mas entende ser fundamental que todas as investigações sejam conduzidas com total transparência e isenção, para que denúncias infundadas não sejam utilizadas como instrumentos de perseguição política.”
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