Polícia investiga se trabalhadores que morreram após plataforma cair do 7º andar de prédio no PR estavam com EPIs

Vítimas de 28 e 52 anos morreram durante manutenção em túnel de elevador. Bombeiros afirmam que não encontraram nem equipamentos de proteção individual (EPIs) e nem ‘linhas de vida’ no local. Dois trabalhadores morreramm após queda de elevador em prédio de Guarapuava
Lucas Polak/RPC
A Polícia Civil está investigando se os dois trabalhadores que morreram após a plataforma em que eles estavam cair do 7º andar de um prédio residencial durante manutenção no túnel de um elevador estavam usando equipamentos de proteção individual (EPIs) durante o serviço.
O Corpo de Bombeiros, que tentou socorrer as vítimas, afirma que não encontrou no local nem EPIs, nem linhas de vida – equipamentos de proteção coletiva (EPC) que ancoram trabalhadores através de cabos.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
“A investigação pauta-se nos equipamentos de segurança. Caso não seja constatado [o uso] durante as investigações, os responsáveis responderão por homicídio culposo [sem a intenção de matar]”, afirma a Polícia Civil.
O caso aconteceu na tarde de terça-feira (19) no centro de Guarapuava, na região central do Paraná.
Os corpos foram encontrados no fosso do elevador, área que fica a cerca de dois metros abaixo do nível da garagem. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte deles.
“A gente chegou no local e reparou que eles não tinham capacete e nenhum equipamento ancorando eles em algum lugar, por isso eles caíram junto com a plataforma”, contou o aspirante da Silva, do Corpo de Bombeiros.
Leia também:
Assista: Vídeo mostra homem sequestrando mulher em estacionamento de mercado em Curitiba
Saiba mais: Desmatamento que rendeu multa de R$ 214 mil no PR foi feito para ampliar lavoura e descoberto por imagens de satélite, diz polícia
Entenda o processo: Mudas da clonagem de araucária de 700 anos que caiu em vendaval são plantadas no Paraná; entenda processo
Os nomes das vítimas não foram revelados.
Conforme apurado pela RPC, os trabalhadores prestavam serviço para a Elevatronic, empresa terceirizada responsável pela manutenção do prédio.
Em nota, a empresa afirma lamentar o ocorrido e se solidarizar com os familiares e diz que está “aguardando o término das investigações da polícia científica para emitir um comunicado à imprensa”.
Nas redes sociais, a Elevatronic se manifestou sobre o caso.
“A Elevatronic lamenta profundamente o trágico acidente ocorrido durante a instalação de um elevador no edifício Golden Garden, que resultou na perda de dois dos nossos colaboradores, pessoas dedicadas, comprometidas e queridas por todos. Neste momento de dor imensurável, nos solidarizamos com as famílias e amigos, compartilhando seu luto e sofrimento. Desde o ocorrido, a empresa está prestando todo o suporte necessário às famílias, oferecendo assistência e acolhimento neste momento tão difícil. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e informamos que estamos acompanhando as investigações para entender as causas do acidente. Somos uma empresa que valoriza a segurança e o bem-estar de cada membro da equipe, e esta foi uma grande fatalidade que nos deixa profundamente entristecidos. Assim que os laudos periciais forem concluídos, prestaremos todos os esclarecimentos necessários. A memória de nossos colaboradores será sempre respeitada, e seguimos firmes no compromisso de garantir segurança e responsabilidade em todas as nossas operações”, diz o texto.
Dois trabalhadores morrem após queda de elevador em prédio de Guarapuava
Lucas Polak/RPC
Vídeos mais assistidos do g1 PR:
Leia mais notícias em g1 Paraná