Raças como o índio gigante e a sedosa do Japão têm atraído criadores e investidores. Ovos chegam a custar R$ 300 a dúzia e aves são vendidas para todo o país. Criação de aves ornamentais tem ganhado força no interior de São Paulo
TV TEM/Reprodução
A criação de aves ornamentais tem ganhado força no interior de São Paulo e surpreende tanto pelo porte dos animais quanto pelo valor envolvido no negócio. Galos com mais de um metro de altura, galinhas com plumagem sedosa e ovos vendidos a preços que ultrapassam os de carne nobre mostram que o mercado vai além do consumo: ele virou fonte de renda para muitas famílias.
Em um sítio de Pirajuí (SP), o destaque do galinheiro tem mais de um metro de altura. É um galo da raça índio gigante, que mede impressionantes 1,13 metro — e não é o maior já criado por lá. Segundo os donos, Gilda Balico Costa e Paulo de Afonso Munuera Serrano, um dos galos chegou a 1,22 metro.
A raça é brasileira, resultado do cruzamento entre galos caipiras e galinhas maiores. Além do tamanho, o peso impressiona: as aves podem chegar a até 10 quilos. Quando adultos, o controle é ainda mais rigoroso: proteína em excesso pode gerar ganho de peso exagerado e atrapalhar a reprodução.
As galinhas da mesma raça também se destacam. Chegam a medir até 90 centímetros e são altamente valorizadas no mercado. Uma dúzia de ovos férteis chega a custar R$ 300. Já os galos, dependendo da genética, podem ultrapassar os R$ 2 mil.
Em São Manuel (SP), a criação é bem diferente, mas também chama atenção. As galinhas sedosas, originárias da Ásia, encantam pela plumagem que parece pelo de coelho. Foi paixão à primeira vista para o criador Júlio César Augusto Pompei, que começou com um casal doado por um vizinho e hoje já tem cerca de 40 aves.
Com a reprodução acelerada, o negócio cresceu. Júlio já vendeu mais de 250 galinhas e afirma que nenhuma foi para o abate: todas foram vendidas para reprodução. Os valores variam, mas uma ave pode custar até R$ 300.
Em Promissão (SP), o criador Rafael Zinezi começou por hobby e hoje mantém quase 30 galinhas sedosas em diferentes tons, do branco ao acinzentado. Os pintinhos ficam em um espaço climatizado por cerca de 20 dias antes de serem transferidos.
O mercado de aves ornamentais e de reprodução tem se mostrado promissor para pequenos criadores. Com investimentos relativamente baixos e espaço reduzido, é possível transformar um hobby em uma renda complementar – ou até principal.
A valorização genética, a estética e o apelo exótico das aves abrem portas para novos nichos dentro do agronegócio brasileiro, mostrando que, no campo, nem só de boi e soja vive o produtor.
Veja a reportagem exibida no programa em 13/07/2025:
Galinhas exóticas atingem alto valor em pequenos criatórios
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