O golpe da loja online falsa é o tipo de fraude mais comum no Brasil. É o que revela uma pesquisa feita pela plataforma de denúncias SOS Golpe em parceria com a CloudWalk, fintech dona da InfinitePay.
Esse tipo de fraude predominou na maioria dos estados, segundo o levantamento, que analisou aproximadamente 11,8 mil denúncias na SOS Golpe entre janeiro e maio de 2025. Das quase 12 mil denúncias analisadas, 5,3 mil (45,1%) tinham a ver com golpes de compra.
O golpe da loja fake só não liderou em dois estados: Roraima (golpe do vendedor de itens usados é mais comum) e Acre (golpe da empresa clonada predominou). Saiba mais sobre o estudo, os golpes e como se proteger contra eles nesta matéria.
Redes sociais são ferramentas essenciais para golpistas no Brasil, diz pesquisa
Para os golpistas, as redes sociais são ferramentas fundamentais. Isso porque eles pagam por anúncios nas plataformas. O objetivo é alcançar o maior número de vítimas possível.

O Distrito Federal foi o local com mais fraudes digitais registradas no Brasil. Foi também onde mais ocorreu o golpe da loja falsa. Em seguida, aparecem: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.
Os pesquisadores cruzaram o número de denúncias na plataforma SOS Golpe com o volume de transações via PIX em cada estado, informado pelo Banco Central. Assim, calcularam a proporção de fraudes por transação. Depois, listaram os estados, indo do maior para o menor índice.
Golpes mais comuns no Brasil
O levantamento cita os três tipos de golpes mais comuns no Brasil: o da loja fake, da empresa clonada e do vendedor de itens usados.

No golpe da loja fake, promoções (em redes sociais, principalmente) atraem as vítimas. Elas finalizam as compras num site desconhecido, mas com cara de confiável. Os pagamentos são feitos via Pix. E os e-mails de confirmação nunca chegam. Depois, a loja desaparece. As vítimas perdem, em média, R$ 740 nesse tipo de golpe.
Já no golpe da empresa clonada, criminosos copiam lojas online oficiais para enganar as vítimas. A média estimada de perdas por conta desse tipo de golpe é de R$ 520.
Por fim, no golpe do vendedor de itens usados, criminosos invadem contas no Instagram e passam a anunciar produtos que não existem. É geralmente o golpe que tira mais dinheiro das vítimas: R$ 1.810, em média.
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5 dicas para se proteger contra golpes online comuns no Brasil
Segundo o G1, as dicas para se proteger contra golpes – da loja fake, da empresa clonada, do vendedor de itens usados e demais tipos que existem por aí – são as seguintes:
- Fique atento a valores muito atrativos: criminosos anunciam produtos por preços muito abaixo da média. Sabe a expressão “quando a esmola é demais, o santo desconfia”? Faça igual o santo;
- Repare no endereço (URL) do site: portais de empresas grandes brasileiras geralmente terminam com “.com” ou “.com.br”. Se aparecer qualquer coisa diferente disso, desconfie;
- Cheque a reputação da empresa: Google e Reclame Aqui são boas plataformas para fazer isso, mas golpistas costumam usar nomes parecidos com marcas reais e criar sites falsos convincentes. Então, todo cuidado e atenção são poucos aqui;
- Evite pagar enquanto estiver conectado num Wi-Fi público: criminosos podem interceptar dados em redes abertas, diz a pesquisa. Se não estiver em casa, use a internet do seu celular mesmo;
- Evite pagar fora de canais oficiais: criminosos costumam pedir que vítimas paguem apenas via Pix ou boleto bancário. É roubada. “Nunca aceite pagar por fora em marketplaces”, alerta a pesquisa.