TSMC está aumentando produção nos EUA

TSMC está aumentando produção nos EUA

Empresa já se comprometeu a investir US$ 165 bilhões na fabricação de chips semicondutores avançados nos Estados Unidos

Ao fundo, logo da TSMC; à frente, um chip
Demanda por chips de inteligência artificial ajudaram taiwanesa em sua subida (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

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A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) é a maior fabricante de chips do mundo. Atualmente, a maior parte de sua produção está em território taiwanês, mas a empresa pretende aumentar as operações nos Estados Unidos.

CEO da gigante do setor, C. C. Wei afirmou nesta quinta-feira (17), durante teleconferência da companhia, que está vendo um “forte interesse” de seus principais clientes nos EUA. Por conta disso, está trabalhando para acelerar o cronograma de produção dentro do território norte-americano.

Imagem mostra a bandeira de Taiwan ao fundo, com um iPhone à frente exibindo o logotipo da TSMC. Empresa anunciou litografia de 2 nanômetros para seus processadores a partir de 2023
Taiwanesa é a maior fabricante global de chips (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

TSMC está de olho nos impactos das tarifas de Trump

A empresa já se comprometeu a investir um total de US$ 165 bilhões (quase R$ 920 bilhões) na fabricação de semicondutores avançados nos Estados Unidos. Isso inclui a construção de nove novas instalações no país, segundo informações da CNBC.

A TSMC continuará a desempenhar um papel crítico e integral para permitir o sucesso de nossos clientes, ao mesmo tempo em que mantém um parceiro e uma rede importantes da indústria de semicondutores dos EUA.

C. C. Wei, CEO da TSMC

Donald Trump apontando para a frente; atrás, parte da bandeira dos EUA desfocada
Trump ameaçou aplicar tarifas contra Taiwan (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Aumentar a produção de chips nos Estados Unidos também é uma forma da empresa fugir das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. O republicano já ameaçou taxar em 32% as exportações de Taiwan, o que impactaria as operações da TSMC.

Olhando para o segundo semestre de 2025, não vimos nenhuma mudança no comportamento de nossos clientes até agora. No entanto, entendemos as incertezas e o risco do impacto potencial das políticas tarifárias, especialmente no segmento de mercado final relacionado ao consumidor e sensível ao preço.

C. C. Wei, CEO da TSMC

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.


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