By Após uma denúncia anônima, a Polícia Militar do Paraná encontrou um veículo Fiat Toro carregado com 237 quilos de explosivos no quintal de uma residência no município de Campo Mourão, nesta terça-feira (1º). O local foi isolado e o risco de explosão levou mais de 100 pessoas a deixarem as residências no bairro Lar Paraná até a remoção dos artefatos pelo Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de Curitiba.
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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná, 132 unidades de emulsão encartuchada, um tipo de explosivo comercial, e seis metros de cordel detonante foram localizados no veículo, que passou pela perícia em busca de digitais dos suspeitos. Em entrevista à Gazeta do Povo, o segundo tenente Leniel Correa Evangelista, coordenador da ação do 11º Batalhão da PM de Campo Mourão, informou que o local foi evacuado em um raio de 100 metros após a confirmação dos explosivos estocados no veículo.
Segundo ele, as placas não correspondem ao chassi do carro, o que levanta a suspeita sobre o uso dos explosivos e do veículo por quadrilhas especializadas em roubo. “A investigação deve apurar quem é o proprietário do veículo e se existe alguma relação com o crime [organizado]. Mas essa situação, por se tratar de um veículo ‘dublê’, já é um crime por si só”, explicou o PM. O caso será apurado pela 16ª Subdivisão da Polícia Civil em Campo Mourão.
Os explosivos foram levados para análise pelo Esquadrão Antibombas na capital do estado e as casas vizinhas ao local onde o veículo estava estacionado foram liberadas para o retorno dos moradores.
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Explosivos poderiam ser usados para detonação de caixas eletrônicos no Paraná
As dinamites localizadas pela PM no veículo Toro devem passar pela análise técnica, mas existe a suspeita que o material poderia ser usado para explosão de caixas eletrônicos ou até em ações de grupos armados no fechamento de cidades, que ficaram conhecidas no país como “novo cangaço”.
No início deste ano, seis suspeitos de roubo a bancos e carros-fortes morreram durante um confronto com policiais em uma chácara na região de Ponta Grossa (PR). O local era usado como base da quadrilha armada, que planejava uma nova ação no Paraná, de acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.
Segundo a pasta, foram apreendidos sete fuzis de calibres 5.56 e 7.62; uma metralhadora calibre 50; uma pistola calibre 45, 36 carregadores de fuzil e diversas munições na residência. Na época, Teixeira comparou o grupo armado com a quadrilha que aterrorizou a cidade de Guarapuava, no dia 18 de abril de 2022, durante um assalto a uma empresa de transporte de valores.
Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria da Segurança Pública respondeu que ainda não tem informações sobre o andamento das investigações envolvendo os explosivos localizados dentro do veículo no Paraná.
