Mais de 25 vítimas foram identificadas pela polícia. g1 aguarda posicionamento da defesa sobre denúncia. Segundo a polícia, instituição prometia linhas de crédito com juros baixos.
Alex Magosso/RPC
Uma instituição financeira de Maringá, no norte do Paraná, foi alvo de uma operação após causar prejuízo de R$ 10 milhões mais de 25 vítimas, segundo a Polícia Civil (PC-PR).
Nesta sexta-feira (7), policiais foram até a sede da empresa Fomento Mais Bank para cumprir mandado de busca e apreensão.
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A suspeita é de que, desde 2024, a empresa prometia e negociava falsas linhas de crédito com juros baixos, que ultrapassam R$ 300 milhões. O contrato dizia que eles fariam contato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que não acontecia.
A polícia confirmou que a Fomento Mais Bank não tem registro ou ligação com o BNDES.
Em entrevista à RPC, o delegado Mateus De Bona Ganzer disse que durante as buscas foram encontrados “inúmeros” contratos. Ele espera identificar novas vítimas e outros integrantes da organização.
Até o momento, foram identificados contratos feitos com empresários do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Pará, Roraima e Amazonas.
O g1 aguarda o posicionamento da defesa da empresa, que informou não ter tido acesso ao processo.
O nome do proprietário não foi divulgado. Não houve registro de prisão.
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Como a empresa atuava
Conforme a polícia, a empresa buscava empresários para oferecer a falsa linha de crédito. A oferta era de juros baixos e feita pelo BNDES.
Para iniciar a negociação, era cobrado um depósito inicial de 5% do valor desejado – que seria devolvido ao final. Depois, a empresa dizia que começaria o processo de pedido ao BNDES e que o prazo era de 120 dias.
“[…] a fraude consistia nisso: pega esse valor inicial de depósito e futuramente alegar que o empréstimo não saiu, que essa linha de crédito não foi contemplada, e começava toda tratativa”, disse Ganzer à RPC.
Por não perceberem que se tratava de um golpe, de acordo com a polícia, algumas vítimas denunciaram o caso à Justiça Cível.
Ao serem procurados pela Divisão de Combate à Corrupção (DECCOR), os empresários mostraram contratos semelhantes e também contaram que todos os casos terminaram da mesma forma: sem acesso à linha de crédito.
Alguns empresários também relataram que faliram por terem investido todo valor que tinham no depósito de 5%.
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